11 de out. de 2011

THE PARLOR MOB - And You Were a Crow (2008)

The Parlor Mob é uma banda americana bem recente no cenário da música, seu primeiro álbum só foi lançado em 2008, antes disso só possuiam um EP self-titled lançado por eles mesmos.
Um vocal meio gritado, duas guitarras estonteantes e um som puxado para o blues rock, baseado no rock setentista com influências fortíssimas de Led Zeppelin, é assim que soa “And You Were a Crow”.
Algumas músicas poderiam perfeitamente estar na boca de Janis Joplin, se viva fosse.
Um discaço!


And You Were a Crow (2008) 






















1. Hard Times 
2. Dead Wrong 
3. Everything You're Breathing For 
4. The Kids 
5. When I Was An Orphan 
6. Angry Young Girl 
7. Carnival of Crows 
8. Real Hard Headed 
9. Tide of Tears 
10. My Favorite Heart To Break 
11. Bullet
12. Can't Keep No Good Boy Down

- Mark Melicia – vocal
- David Rosen – Guitarra
- Paul Ritchie – Guitarra
- Nick Villapiano - Baixo
- Sam Bey – bateria

http://www.mediafire.com/?2yggmzyyinr

por Giulianella Furlan








Amber Route



O Amber Route é uma das bandas mais tangerinedreamamente pinkfloydianas que eu já ouvi. E isso é bom e é ruim. É bom porque o som híbrido que eles faziam bebia da fonte da fase áurea do Tangerine Dream e do Pink Floyd: os anos 70. E é ruim porque tem muita viúva por aí que se sente ofendida por isso e desce o pau sem dó nem piedade. Como não é o meu caso, costumo soterrar a banda de elogios.
O Amber Route foi formado na Califórnia em 1972 do encontro entre o pesquisador eletrônico Walter Holland e o multi-instrumentista Richard Watson.

          Walter Holland passando o som para um show do Amber Route em '74.








Richard Watson,Amber Route em '74


Lançaram dois discos apenas: Snail Headed Victrolas (80) e Ghost Tracks (83). Depois que a dupla acabou (em 82), Holland partiu para carreira solo e construiu uma boa reputação no cenário mais underground da música eletrônica. Hoje, os álbuns do Amber Route começam a conquistar o status cult que merecem, com um som mezzo espacial mezzo progressivo, intercalando longas suítes com músicas mais curtas, mas nem por isso menos viajantes. Tem gente que classifica o som deles como rock orgânico, outros dizem que são estripulias de astronauta junkie. Não é fácil categorizar, por isso prefiro dizer que o som é bom e que merece uma audição.
Já que não se acha nada deles no youtube, deixo uma faixa de um dos discos solo do Walter Holland como aperitivo. Também não se encontram os álbuns para baixar em lugar nenhum, daí eu ter feito o upload dos dois álbuns para justificar este texto. Eles vão ficar um tempinho à disposição, então não percam tempo e baixem logo.








Snail Headed Victrolas (80)


















1 - Snail headed victrolas
2 – When cries are photographed finally as ravens
3 – Martyrs
4 – Asteroid Joiroid


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Ghost Tracks '83































1 – Fighting with the one-eyed Lord

2 – Don’t drink lemonade formaldehyde

3 – Before you

4 – Abyss of the birds

5 - Don’t drink lemonade formaldehyde (German Version)

 http://www.megaupload.com/?d=NJCAFDDH

por Marco Gaspari

3 de out. de 2011

Can – Peel Sessions 73-75



Em termos de influência sobre o que foi feito no rock a partir dos anos 80, o Can, entre os grupos alemães, talvez seja tão fundamental quanto o Kraftwerk. Seus discos setentistas foram todos gravados em estúdio próprio e tiveram a produção mágica de Holger Czukay, o baixista da banda. Uma das poucas exceções são estas gravações que fizeram nos estúdios da BBC para o DJ londrino John Peel, um dos grandes entusiastas do rock produzido na Alemanha mesmo antes dele ser rotulado de krautrock.
O Can era uma banda intuitiva. Seus músicos gostavam de gravar improvisos que duravam horas e depois editavam um trecho como faixa de algum de seus LPs. Foi assim com You Doo Right no LP Monster Movie e com Mother Sky no LP Soundtracks, só para citar duas de suas composições. Czukay chamava esses improvisos de “spontaneous compositions” e as seis faixas deste Peel Sessions são exatamente isso. Gravadas em quatro sessões distintas entre 1973 e 1975, com uma duração de 15 a 20 minutos cada sessão, as músicas apresentadas aqui são quase todas inéditas na discografia da banda.
Up The Bakerloo Line with Anne, a faixa que abre o Peel Sessions, foi retirada da primeira sessão, gravada em 16 de março de 73, ainda com o cantor Damo Suzuki como membro da banda. O japonês com voz de fritador de pastéis supersônicos deixou o Can em setembro daquele ano, logo após as gravações do LP Future Days, para se tornar Testemunha de Jeová. Desconfia-se que a Anne do título seja a DJ Anne Nightingale, companheira de John Peel na BBC Radio 1. Bakerloo poderia muito bem ser uma faixa do Ege Bamyasi, com um groove hipnótico e muitas estripulias por parte de Suzuki e do guitarrista Michael Karoli.
Return to BB City e Tape Kebab, as duas próximas faixas , foram gravadas na sessão de 8 de outubro de 1974 e aqui encontramos um Can mais viajante (BB City) e pinkfloydiano (Tape Kebab).
Aliás, muitos críticos da época gostavam de associar o som do Can ao do Pink Floyd. Tiveram lá suas semelhanças (forçando um pouco), mas o Can era muito mais doidão. Malcolm Mooney, o primeiro cantor da banda, por exemplo, era tão surtado quanto Syd Barrett, e o fuzz da guitarra de Karoli tinha seus momentos de David Gilmour, embora voasse mais alto. Nesse mesmo ano, na terceira tour inglesa do grupo, eles até mesmo batizaram uma apresentação que fizeram para um programa londrino de TV com o jocoso nome de “Set Controls For The Art Of The Sun”.

Mas a verdade é que o Can já havia sido convidado para abrir shows do Pink Floyd no final de 72 e acabou recusando porque seu tempo de apresentação teria de ser mais curto do que os músicos gostariam. Bobeira deles, porque isso provavelmente teria dado muito, mas muito mais exposição ao grupo.
Tony Wanna Go, a próxima faixa, quebra a disposição cronológica das músicas já que foi gravada em 29 de janeiro de 74 ou seja, nove meses antes. Trata-se de mais uma longa improvisação, com quase 15 minutos que lembram de leve o Can dos tempos de Tago Mago, mas sem deixar saudades de Damo Suzuki. Geheim (half past one) e Might Girl, as duas últimas músicas, fazem parte da sessão gravada em 14 de maio de 1975, quando o Can estava lançando o álbum Landed. Geheim, por exemplo, saiu nesse LP com o título de Half Past One e é cantada por Michael Karoli. A sonoridade tem uma atmosfera bem intensa, mas é um tanto rebuscada se comparada ao que o Can fazia até então. Já Might Girl seria o piano de Irmin Schmidt tirando a guitarra de Karoli para dançar. O resultado é para progger nenhum botar defeitos, algo bem raro em se tratando do Can.
Peel Sessions mostra 2 anos na carreira do Can, tempo em que eles gravaram 3 álbuns de estúdio e tiveram mudanças na formação. Para quem quiser aprender o que significa espontaneidade e afinidade numa banda de rock, esta é a aula.
Músicas:
Up the Bakerloo Line With Anne
Return to BB City
Tape Kebab
Tony Wanna Go
Geheim (half past one)
Might Girl

Músicos:
Damo Suzuki – vocais em Bakerloo
Irmin Schmidt – teclados
Holger Czukay – Baixo
Michael Karoli – guitarra e vocais em Geheim
Kahi Liebezeit - bateria

http://www.mediafire.com/?jhwzwjmlyaz

por Marco Gaspari.

1 de out. de 2011

Beth Hart & Joe Bonamassa – Don’t Explain [2011]


Talento de sobra. Seria simples definir em poucas palavras o encontro da bela voz de Beth Hart com Joe Bonamassa, um dos melhores guitarristas surgidos nas últimas décadas. Mas ainda seria pouco para justificar o que temos aqui. Don’t Explain reúne covers de várias lendas da música, interpretados com alma. Para completar o espetáculo, a banda que acompanha a dupla é acima de qualquer suspeita, trazendo feras que não precisam provar mais nada a ninguém, como Blondie Chaplin (Rolling Stones, The Byrds) e Anton Fig (KISS, Frehley’s Comet, David Letterman’s Band).

Graças ao Black Country Communion, Bonamassa atingiu toda uma nova base de ouvintes, que não estão familiarizados a fundo com sua carreira. Aqui, ele mostra toda sua competência e o coração bluesman fala mais alto, com atuação impecável nas seis cordas. Quanto a Beth, é daquelas cantoras da nova safra que estão ajudando a salvar o mundo da mediocridade que o acometeu nesse quesito durante as últimas décadas. Fazendo jus à velha guarda – quando tínhamos intérpretes de verdade –, coloca emoção em cada nota, com uma malícia capaz de derreter um coração de pedra.

Sobre o repertório, fica até difícil destacar algum momento em particular. Mas a abertura com “Sinner’s Prayer” e a suavidade de “Your Heart Is As Black As Night” se sobressaem. Da mesma forma, a tocante versão para “Don’t Explain” é capaz de levar às lágrimas. Etta James foi digna de uma dobradinha de tirar o fôlego, com “I'd Rather Go Blind” (o que Beth faz aqui é algo simplesmente inexplicável em palavras) e “Something's Got A Hold On Me”. “I’ll Take Care Of You”, escolhida para efeitos promocionais, também aparece em versão editada. E se ainda havia algo a se provar, encerrar com “Ain’t No Way”, de Aretha Franklin, derruba qualquer possível resistência.



Beth Hart (vocals)
Joe Bonamassa (guitars)
Blondie Chaplin (guitars)
Carmine Rojas (bass)
Anton Fig (drums)
Arlan Scheirbaum (keyboards)

01. Sinner's Prayer (Ray Charles & B.B. King)
02. Chocolate Jesus (Tom Waits)
03. Your Heart Is As Black As Night (Melody Gardot)
04. For My Friend (Bill Withers)
05. Don't Explain (Billie Holiday)
06. I'd Rather Go Blind (Etta James)
07. Something's Got A Hold On Me (Etta James)
08. I'll Take Care Of You (Gil Scott-Heron)
09. Well, Well (Delaney & Bonnie)
10. Ain't No Way (Aretha Franklin)
11. I’ll Take Care Of You (Gil Scott-Heron – Radio Edit)

Resenha do Jay do Halen e link do Combe do Iommi

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