50 Anos a Mil é a autobiografia do Lobão, que conta em um volume fartamente ilustrado a história do menino que queria ser jogador de futebol e acabou se transformando num dos grandes nomes do rock brasileiro. As músicas, os amigos, as confusões com a polícia - o grande lobo não poupa nada nem ninguém.
A biografia tem início com uma cena bastante peculiar: Lobão e Cazuza cheirando cocaína sobre o caixão de Júlio Barroso. Lobão reconstrói o momento, reproduz as falas e detalha elucubrações – do tipo “É a hora do pastiche e da indulgência… A hora do frenesi dos mesmos cadáveres insepultos de sempre, sugando a juventude dos que nada mais têm a oferecer, além do próprio sangue de barata.” – com a mesma segurança de alguém que tem em mãos um controle remoto, podendo conferir, quadro a quadro, uma situação devidamente registrada. Mas não há registros. E a única testemunha que ainda respira presente na história datada de 1984 é ele, o autor.
Uma das razões para a publicação de “50 Anos a Mil”, aliás, como o músico gosta de repetir em entrevistas e declarações no twitter, foi o fato de Lobão ter sido extirpado da história de Cazuza, um de seus maiores amigos, levada às telas no ano de 2004. Não sem razão, o cantor acusa os produtores do longa de terem “sanitizado” a biografia do amigo, resultando em um filme muito mais próximo de um capítulo de “Malhação” que da realidade.
O escritor Gabriel Garcia Marquez defende que “a história de uma pessoa não é o que lhe aconteceu, e sim o que ela lembra e como ela lembra”. Depois do episódio com “Cazuza – O Tempo Não Para”, Lobão decidiu contar o que lembra ser a sua história, da maneira como se lembra de tê-la vivido.
A biografia tem início com uma cena bastante peculiar: Lobão e Cazuza cheirando cocaína sobre o caixão de Júlio Barroso. Lobão reconstrói o momento, reproduz as falas e detalha elucubrações – do tipo “É a hora do pastiche e da indulgência… A hora do frenesi dos mesmos cadáveres insepultos de sempre, sugando a juventude dos que nada mais têm a oferecer, além do próprio sangue de barata.” – com a mesma segurança de alguém que tem em mãos um controle remoto, podendo conferir, quadro a quadro, uma situação devidamente registrada. Mas não há registros. E a única testemunha que ainda respira presente na história datada de 1984 é ele, o autor.
Uma das razões para a publicação de “50 Anos a Mil”, aliás, como o músico gosta de repetir em entrevistas e declarações no twitter, foi o fato de Lobão ter sido extirpado da história de Cazuza, um de seus maiores amigos, levada às telas no ano de 2004. Não sem razão, o cantor acusa os produtores do longa de terem “sanitizado” a biografia do amigo, resultando em um filme muito mais próximo de um capítulo de “Malhação” que da realidade.
O escritor Gabriel Garcia Marquez defende que “a história de uma pessoa não é o que lhe aconteceu, e sim o que ela lembra e como ela lembra”. Depois do episódio com “Cazuza – O Tempo Não Para”, Lobão decidiu contar o que lembra ser a sua história, da maneira como se lembra de tê-la vivido.
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